terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Uma mulher no topo do mundo

Quando comecei a ler este livro, presente de aniversário, pensei que se tratasse de uma estória de viagens, superação no desporto, etc. Afinal, é também e sobretudo, a estória de uma portuguesa que decidiu ajudar as pessoas de um bairro da lata no Bangladesh. Custa a crer que alguém, nos tempos que correm, sacrifique tudo para ajudar perfeitos desconhecidos... ainda para mais, quando ninguém lhe pediu ajuda e não quer a sua ajuda. 
Impressionou-me a sua resiliência perante tantos obstáculos, sobretudo sabendo que não era bem vinda no tal bairro. Foi roubada pelos seus colaboradores locais, explorada por outros tantos, denegrida pelos que pretendia ajudar e, mesmo assim, não desistiu. Tão grande era o seu empenho que, embora tendo uma má preparação física, treinou duramente e conseguiu a faceta de escalar o Evereste! O objetivo era chamar a atenção para o seu projeto e angariar dinheiro. O esforço não foi devidamente recompensado, o que a levou a correr maratonas e mais maratonas. Enfim, é o projeto de vida dela. É difícil de entender tal sacrifício, tendo em conta o feedback obtido (pouca gente grata por todo o seu esforço).
Penso que o choque cultural é uma realidade, não vale a pena estar com tretas. Quando queremos ajudar, acabamos por impor (ainda que inconscientemente e na melhor das intenções) a nossa cultura aos outros. Mas então, como é que podemos ajudar? Sinceramente, não sei. 

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Concordo!


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O que encontrei por aqui

Estava a limpar as minhas estantes, quando encontrei estes dois livros. Nem me lembrava deles. A verdade é que, quando preciso de uma receita, consulto a internet e seleciono, das muitas opções, aquela que mais me convém. Já há muito tempo que não consulto um livro de culinária, de modo que foi com verdadeiro deleite que revi as fotografias dos vários pratos. Até selecionei alguns para confeccionar. Vamos lá ver ...

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A morte usa uma máscara de beleza (Death wears a beauty mask and other stories)

Bela coletânea de contos de mistério. Reencontrei a autora que me cativou há uns anos atrás. Li um conto por noite e fiquei cheia de pena quando o livro chegou ao fim. Só não gostei muito do último e nem sei bem dizer porquê.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Regressar (Forgotten)

Entretém e até me conseguiu arrancar umas boas gargalhadas. No entanto, para ser sincera, é uma daquelas estórias de que nunca mais me irei lembrar. Gostei do início mas achei que o desenvolvimento foi muito pobre, muito cheio de diálogos e situações da treta. Enfim,  até a capa é enganadora.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O livro do Hygge (The little book of hygge)

Há dois livros, de autores diferentes, sobre este assunto. Escolhi este porque foi escrito pelo presidente do Happiness Research Institute (nem sequer sabia que existia tal coisa). Já agora, que belo trabalho ele tem, descobrir o que faz as pessoas felizes. O livro tem umas fotos espetaculares, mesmo hygge. Em si, o conteúdo não tem nada de novo, mas é interessante ler sobre os hábitos e cultura de um povo, que é considerado o mais feliz da Europa. Do que mais gostei, foi do facto das pessoas gostarem de apreciar a vida e não se culpabilizarem por tal. Por aqui, faz-me confusão ver as pessoas numa espécie de competição sobre quem é mais escravizado, como isso fosse motivo de orgulho nacional (pois a mim, só mostra o quão atrasados somos).
Têm das cargas fiscais mais pesadas da Europa, mas têm também a melhor qualidade de vida. Porque será? Algo me diz que tem a ver com facto de a sua classe política não ser corrupta, o que significa que os impostos servem o povo e não os interesses particulares de uns ****. O próprio autor do livro, afirma que é esta tranquilidade de saber que as necessidades básicas estão satisfeitas, aliada a horários de trabalho que permitem o tão falado equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, que torna as pessoas disponíveis para desfrutarem a vida. 
Ora bem, eu também tenho momentos hygge. Ainda hoje, after work, fui dar uma espreitadela à livraria do burgo e depois degustar um capuccino e uma fatia de salame (divinal). Mas não pensem que sempre foi assim. Eu também estava formatada para sentir culpa, caso não estivesse sempre a trabalhar ou então por não andar sempre infeliz ... até que descobri que ser infeliz requer muito mais energia do que tentar ser feliz. Como me treino (processo contínuo) para percecionar a realidade de outro ponto de vista, a minha vida também melhorou. Não tenho mais dinheiro, o meu trabalho continua a ser desgastante e sem perspetivas nenhumas, algumas pessoas com quem tenho que lidar esgotam-me (pessoas tóxicas, conhecem?) mas... sinto-me melhor, com mais apreço pelas coisas que me fazem sentir bem. É claro que também tenho os meus dark days, mas isso só me ajuda a valorizar ainda mais o meu esforço para desfrutar a vida. Posto isto, fiquei com vontade de conhecer a Dinamarca (e eu que não tivesse vontade de ir passear, eheheh).

Um dos meus kit hygge, presente de aniversário da mana, exceto o livrinho (presente de mim para mim). Falta o chocolate e os scones para o completar (fica aqui a dica para a próxima vez).