Autora: Isabel Allende
Editora: INAPA
Ano: 2009
Sinopse
"Para quem era uma escrava na Saint-Domingue dos finais do século XVIII, Zarité tinha tido uma boa estrela: aos nove anos foi vendida a Toulousse Valmorin, um fazendeiro rico, mas não conheceu nem o esgotamento das plantações de cana, nem a asfixia e o sofrimento nos moinhos, porque foi sempre uma escrava doméstica. A sua bondade natural, força de espírito e noção de honra permitiram-lhe partilhar os segredos e a espiritualidade que ajudavam os seus, os escravos, a sobreviver, e a conhecer as misérias dos amos, os brancos.
Zarité converteu-se no centro de um microcosmos que era um reflexo do mundo da colónia: o amo Valmorain, a sua frágil esposa espanhola e o seu sensível filho Maurice, o sábio Parmentier, o militar Relais e a cortesã mulata Violette, Tante Rose, a curandeira, Gambo, o galante escravo rebelde... e outras personagens de uma cruel conflagração que acabaria
por arrasar a sua terra e atirá-los para longe dela.
Quando foi levada pelo seu amo para Nova Orleães, Zarité
iniciou uma nova etapa onde alcançaria a sua maior aspiração: a liberdade.
Para lá da dor e do amor, da submissão e da independência, dos seus desejos e dos que lhe tinham imposto ao longo da sua vida, Zarité podia contemplá-la com serenidade e concluir que tinha tido uma boa estrela."
Impressões
Trata-se de uma história comovente e arrebatadora, escrita com o estilo inconfundível de Isabel Allende. Tenho uma profunda admiração por esta escritora, não só por causa do que escreve, mas também pela sua história pessoal... é como se transformasse as lágrimas em narrativas mágicas, capazes de inspirar os leitores. Este livro fala de crueldade, mas fala também de esperança... de que outra forma se conseguiria explicar a sobrevivência, apesar de tudo, de Zarité? Como sempre, Allende apresenta-nos uma heroína ímpar. Recomendo!!!!!!!!!!!!!!
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