domingo, 26 de janeiro de 2014

Mulherzinhas (Little Women)

Foi um dos meus primeiros livros de gente grande. Tinha uns dez ou onze anos quando mo ofereceram e foi amor à primeira vista. Li e reli aquelas páginas tantas vezes, que o livro está cheio de marcas deste afeto...  a fita-cola que o mantém inteiro é a prova disso. A minha personagem favorita é a Jo. Identifiquei-me de imediato com ela pois, tal como ela, se me querem ver feliz é levarem-me a uma livraria (no caso da Jo, a biblioteca da tia March). Apesar das privações impostas pela guerra civil americana (a ação decorre entre 1861 e 1865), as quatro irmãs March são muito unidas e, cada uma a seu modo, têm os seus próprios sonhos. Inventam jogos e distrações para os seus tempos de lazer. Lembram-se das peças de teatro que encenaram e dos clubes que fundaram? Isto só mostra que a imaginação é uma aliada poderosa, principalmente nos piores momentos. Apesar da família ter perdido toda a sua fortuna, a educação das meninas March não foi, de algum modo, descurada, tendo em conta os padrões da época. A dada altura, sobretudo no inverno, tive inveja da Amy e da Beth por estas estudarem em casa, eheheh. 
Mais tarde, foi publicado o livro "As Mulherzinhas Crescem", dando seguimento à aventura das quatro irmãs. Para dizer a verdade, foi tudo muito previsível. Mas o desfecho que mais me dececionou foi o da Jo. Na minha opinião, ela não deveria ficar "amarrada" a marido e filhos, mas sim ser uma viajante intrépida, uma espécie de repórter de viagens do século dezanove...  Bom, talvez não fosse tão credível para o contexto da época...

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