terça-feira, 25 de agosto de 2015

A rapariga no comboio (The girl on the train)



Aposto em como este livro provocou algum desconforto em quem mora ao pé da linha de comboio. Sermos observados sem saber, para mais quando nos julgamos resguardados no nosso lar... pior do que isso, é sermos alvo da obsessão de alguém, que foi o que aconteceu neste livro. A protagonista, infeliz com a sua própria vida, transferiu (não sei se será o termo correto) para aquelas duas pessoas, que observava todos os dias, os seus sonhos e desejos. Eles tinham a vida perfeita que ela sempre tinha querido ter. Não é de admirar que se tenha sentido traída quando a realidade se sobrepôs à fição. Achei a protagonista patética porque vivia imersa em autocomiseração. Quer dizer, há um tempo para "lamber as feridas" e depois tem que se reagir. É claro que o facto dela ser uma alcoólica não a ajudou mesmo nada a reerguer-se. No fundo, entrou num ciclo de mentiras atrás de mentiras até se converter numa mentirosa compulsiva. Mas é ela a chave para a resolução do  homicídio que afligiu, durante algum tempo, a comunidade.
Apesar de ser um bom thriller, fiquei dececionada com o desenlace. Acho que aconteceu tudo muito depressa.
Um amiguito curioso.

1 comentário:

  1. Gostei muito desde livro. Li-o nas férias em um dia!!! Um recorde para mim hehehe. Gostei de a história se desenvolver através das viagens de comboio dela e de como as vidas dos outros são vistas pelos olhos de estranhos : muitas vezes o que pareça não é! Esta expressão aplica-se muitas vezes ao longo deste livro !! Quanto à protagonista: sim, não é perfeita, tem um vício horroroso do qual não consegue se libertar, é usada por isso, o que vai reforçar a sua dependência e diminuir a imagem de si mesma, até só lhe restar a sua obsessão, que é o que a vai acabar por libertar.

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