sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O livro do Hygge (The little book of hygge)

Há dois livros, de autores diferentes, sobre este assunto. Escolhi este porque foi escrito pelo presidente do Happiness Research Institute (nem sequer sabia que existia tal coisa). Já agora, que belo trabalho ele tem, descobrir o que faz as pessoas felizes. O livro tem umas fotos espetaculares, mesmo hygge. Em si, o conteúdo não tem nada de novo, mas é interessante ler sobre os hábitos e cultura de um povo, que é considerado o mais feliz da Europa. Do que mais gostei, foi do facto das pessoas gostarem de apreciar a vida e não se culpabilizarem por tal. Por aqui, faz-me confusão ver as pessoas numa espécie de competição sobre quem é mais escravizado, como isso fosse motivo de orgulho nacional (pois a mim, só mostra o quão atrasados somos).
Têm das cargas fiscais mais pesadas da Europa, mas têm também a melhor qualidade de vida. Porque será? Algo me diz que tem a ver com facto de a sua classe política não ser corrupta, o que significa que os impostos servem o povo e não os interesses particulares de uns ****. O próprio autor do livro, afirma que é esta tranquilidade de saber que as necessidades básicas estão satisfeitas, aliada a horários de trabalho que permitem o tão falado equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, que torna as pessoas disponíveis para desfrutarem a vida. 
Ora bem, eu também tenho momentos hygge. Ainda hoje, after work, fui dar uma espreitadela à livraria do burgo e depois degustar um capuccino e uma fatia de salame (divinal). Mas não pensem que sempre foi assim. Eu também estava formatada para sentir culpa, caso não estivesse sempre a trabalhar ou então por não andar sempre infeliz ... até que descobri que ser infeliz requer muito mais energia do que tentar ser feliz. Como me treino (processo contínuo) para percecionar a realidade de outro ponto de vista, a minha vida também melhorou. Não tenho mais dinheiro, o meu trabalho continua a ser desgastante e sem perspetivas nenhumas, algumas pessoas com quem tenho que lidar esgotam-me (pessoas tóxicas, conhecem?) mas... sinto-me melhor, com mais apreço pelas coisas que me fazem sentir bem. É claro que também tenho os meus dark days, mas isso só me ajuda a valorizar ainda mais o meu esforço para desfrutar a vida. Posto isto, fiquei com vontade de conhecer a Dinamarca (e eu que não tivesse vontade de ir passear, eheheh).

Um dos meus kit hygge, presente de aniversário da mana, exceto o livrinho (presente de mim para mim). Falta o chocolate e os scones para o completar (fica aqui a dica para a próxima vez). 



2 comentários:

  1. Gostei muito desta publicação :)))
    A felicidade é o caminho, nao apenas o destino. Que a saibamos cultivar no nosso dia a dia. Que sejamos hyggie!!!

    ResponderEliminar
  2. Vale a pena o esforço. Tudo o que pudermos fazer por nós nunca é demais.

    ResponderEliminar