sábado, 31 de março de 2018

Esgotamento

Este final de março foi ainda mais trabalhoso do que o costume. Apesar de estar acostumada (mal acostumada, deve dizer-se) a trabalhar cerca de dez horas por dia e de quase não ter fim-de-semana, comecei a ressentir-me deste ritmo de trabalho. Foi precisamente nesta semana, quando o volume de trabalho abrandou que comecei a sentir um grande cansaço, tanto físico como mental (ou lá o que lhe queiram chamar) que culminou com uma brutal dor de cabeça na quarta-feira, que me atormentou até ao final da última reunião desse dia. Não tomei nenhum analgésico porque, salvo raras exceções, não quero intoxicar-me com químicos, sabendo que o que está na origem do problema é todo o stress a que habitualmente estou sujeita. Na verdade, dá-me raiva ter que tratar um problema que é causado pelo meu estilo de vida e que, por isso, deveria ser evitável. Nem quero ficar como 99% dos meus colegas, que tomam comprimidos para os ajudarem a enfrentar o dia de trabalho ou que, volta e meia, vão parar ao "estaleiro". Tenho muito trabalho para fazer nestes dias mas decidi não pegar em nada. Vou aproveitar esta pausa para estar ao ar livre, dormir sem a ansiedade da "hora de acordar", comer calmamente , ler e fazer o que me apetecer. E, sobretudo, não pensar em todo o trabalho que me aguarda para a semana. Mas não deveria ser assim, pois não? Este esgotamento dos recursos humanos não se traduz num aumento da produtividade e nem na qualidade do serviço prestado. Também nos compete  dizer "basta!" e impor determinados limites. É quase como naquela publicidade da tv, "se eu não cuidar de mim, quem cuidará?". 

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