sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A vidente (Eldvittnet)

Fiquei a ler desde as dez da noite até às quatro da manhã, só para acabar o livro! E depois não consegui adormecer de imediato porque fiquei a pensar no enredo. Belo policial! Supera os outros autores de policiais que conheço. Este pertence mesmo ao género negro. No entanto, achei que ainda é um bocado comercial (ok, eles querem vender livros). Às vezes, fiquei com a sensação de que estavam a esticar a estória e isso torna-se entediante. Além disso, algumas "cenas" eram perfeitamente dispensáveis... achei-as muito ao jeito de Hollywood, um estilo que raramente aprecio. O protagonista desta série (este é o terceiro livro, segundo percebi) é um detetive super inteligente, um herói de capa e espada, um defensor dos fracos e oprimidos e um rebelde, sempre contra o sistema (nalgumas partes, achei-o mesmo uma seca, bonzinho demais... também chateia). Tudo começa com dois crimes horrendos e uma suspeita, uma delinquente menor de idade, em fuga... Esta delinquente reside num centro de acolhimento com falta de pessoal (e eu a pensar que na Suécia era tudo perfeito....ahahahaha), o que se reflete também no acompanhamento que é feito. Perante a descrição do trabalho com esta malta, fico mas é admirada em como conseguem arranjar funcionários para o fazer e que mantenham um mínimo de sanidade mental. 
É engraçado, mas os livros destes autores nórdicos retratam uma realidade muito diferente daquela que nos tentam impingir sempre que se fala na Escandinávia. A minha viagem à Noruega e conversas com uns amigos a residirem lá, também me mostraram que a elevada qualidade de vida no primeiro mundo, conseguida a muito custo, está em vias de extinção. A propósito deste livro, fui fazer uma pesquisa rápida no google e o número de crianças e jovens em risco, na Suécia, é muito elevado. Outra coisa que me chocou foi o elevado número de violações de raparigas suecas e depois fiquei ainda mais chocada quando li que uma grande percentagem tinha sido executada por islâmicos, em grupo, porque, segundo eles "elas estavam mesmo a pedi-las". Mais chocante ainda foi ler que as vítimas foram acusadas de xenofobia por referirem isso... o politicamente correto é uma ...pois é.

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